Tudo começa em meados dos anos 60, quando o diretor e dramaturgo Augusto Boal viajava pelo Nordeste. Junto com o grupo do Teatro Arena, Augusto apresentava para uma liga camponesa um musical sobre a questão agrária que incitava os sem-terra a lutarem contra o latifúndio.
No fim, um camponês convidou o grupo para enfrentar os capangas que haviam desalojado um dos seus companheiros. O pedido foi recusado e o camponês os questionou: Quer
dizer que quando falam que é preciso derramar o sangue pela terra, estão se
referindo ao nosso sangue?
Boal percebeu que não devia realizar
um teatro que dava conselhos que o próprio grupo não era capaz de seguir.
Logo, Boal entendeu que o teatro deveria ser um diálogo em vez de um monólogo. A partir dessa concepção, e tendo as propostas do educador Paulo Freire como inspiração, o dramaturgo fundou o Teatro do Oprimido anos mais tarde.
O Teatro do Oprimido parte do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana. É importante, na estética, criar condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produção do teatro, ampliando suas possibilidades de expressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário